Donald Trump resolveu puxar o freio de mão da indústria farmacêutica global. Em anúncio feito nesta quinta-feira (25), o presidente americano decretou que, a partir de
A medida tem um detalhe: as empresas que já estão construindo fábricas em solo americano escapam da sobretaxa. O recado é simples — quer vender remédio aqui? Monte sua indústria aqui.
No Truth Social, Trump disparou:
“Não haverá nenhuma tarifa sobre esses produtos farmacêuticos se a construção já tiver começado.”
Indústria em choque
A reação veio rápido. A PhRMA, associação das gigantes do setor, lembrou que mais da metade dos ingredientes de medicamentos usados nos EUA já são produzidos domesticamente. O restante vem, em grande parte, da Europa e de aliados estratégicos. Traduzindo: o baque vai atingir diretamente parceiros comerciais próximos de Washington.
Multinacionais correndo
Empresas como Roche e Novartis já começaram a se mexer, apontando planos de expansão nos EUA para não cair na armadilha da tarifa. O movimento abre um jogo de xadrez: ou investem pesado em novas fábricas, ou veem seus produtos encarecerem para hospitais, farmácias e pacientes.
O lado político
Além da pressão da indústria, há a questão diplomática. A União Europeia já sinalizou que os EUA estariam rompendo acordos recentes, onde o teto tarifário para produtos farmacêuticos era de apenas 15%. Um salto para 100% pode abrir mais um contencioso comercial internacional.
E os consumidores?
Na prática, se a medida vingar, o impacto pode chegar direto ao bolso do paciente americano: remédios mais caros, seguros de saúde pressionados e risco de inflação no setor de saúde.
Trump, por sua vez, joga para a base: reforça o discurso do “America First” e tenta trazer fábricas de volta ao país — mesmo que isso custe caro nas relações com aliados e no bolso da população.

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