O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou neste domingo (5) que as negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza estão avançando de forma positiva. A fala aconteceu na Casa Branca, pouco antes de ele embarcar para um evento, e reforça o papel dos EUA como principal mediador nas tratativas entre Israel e o grupo palestino Hamas.
“Eles estão em negociação neste exato momento, enquanto falamos. Vai durar alguns dias. Vamos ver como vai. Mas ouvi dizer que está indo muito bem”, disse Trump a jornalistas.
Além do otimismo com as conversas, Trump destacou seu plano de paz para a região, composto por 20 pontos, que ele classificou como “um ótimo acordo para Israel” e também “para todo o mundo árabe”. Segundo o republicano, o plano não precisa de ajustes e traz diretrizes rígidas, como a libertação imediata dos reféns mantidos pelo Hamas.
Negociações no Egito
As negociações devem começar nesta segunda-feira (6) na cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito. A expectativa é de que sejam negociações indiretas, com a presença de representantes de Israel, do Hamas e de uma delegação americana. Autoridades egípcias e fontes israelenses confirmaram que as equipes já estão a caminho do Cairo.
O plano de Trump para o fim do conflito
Divulgado na semana passada, o plano americano para encerrar a guerra em Gaza prevê a criação de um governo internacional temporário chamado Conselho da Paz. A liderança do grupo ficaria com o próprio Trump, ao lado de nomes globais como o ex-premiê britânico Tony Blair.
Entre os principais pontos do plano estão:
- Cessar-fogo permanente
- Libertação de todos os reféns vivos ou mortos
- Libertação de prisioneiros palestinos por Israel
- Devolução de restos mortais de vítimas palestinas
- Desmilitarização progressiva de Gaza
- Retirada gradual das tropas israelenses
- Garantia de que Gaza não será anexada por Israel
- Proibição de participação do Hamas no futuro governo
O plano prevê ainda que, após a transição, o controle da Faixa de Gaza seja transferido à Autoridade Palestina. Integrantes do Hamas que aceitarem se render terão direito à anistia.
Repercussão e próximos passos
Ainda não há confirmação oficial sobre a aceitação do plano por parte de Israel ou do Hamas. No entanto, fontes diplomáticas indicam que o envolvimento direto dos Estados Unidos pode acelerar o processo de cessar-fogo e a busca por uma solução duradoura para o conflito.
Com os olhos do mundo voltados para o Egito, os próximos dias serão decisivos para o futuro da região — e também para o posicionamento internacional de Trump em meio ao cenário eleitoral americano.

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